A escola, o bullying e os pais - por que não podemos mais fingir que este tema afeta a pessoa perseguida????

Para mim,  bullying é sinônimo de dor, solidão e medo. O que antes pareciam brincadeiras sem graça, xingamentos, agressões verbais e físicas, hoje é conhecido por bullying e tem preocupado principalmente os pais, pois as crianças e adolescentes agredidos passam a sofrer exclusões, xingamentos, brincadeiras de mau gosto e até mesmo agressão física causando nestes seres humanos medo, insônia, dor, tristeza, solidão. E muitas dessas pessoas não conseguem falar sobre o que está acontecendo com seus pais e para a escola por vergonha e se tornam isolados, tristes e começam apresentar sintomas como dores de cabeça, vômito, diarréia, tonturas, alergias, cansaço crônico e muitos outros.

Como podemos ler no livro "Bullying - mentes perigosas nas escolas" escrita por Ana Beatriz Barbosa Silva e por sinal muito interessante, a autora fala que brincadeiras ocorrem de forma natural e espontânea entre alunos e eles colocam apelidos uns nos outros, tiram "sarros" e dão muitas risadas, porém quando isso se transforma em verdadeiros atos de violência e perversidade, ou quando apenas alguns se divertem à custa de outros que sofrem, a brincadeira deixa de ser sadia e recebe o nome de bullying escolar. Muitas vezes é difícil identificar vítimas, espectadores e agressores, pois quase todos se recusam a falar. É preciso muito mais do que técnica para detectar tal prática tão comum nas escolas. Importante ressaltar que muitos alunos não levam a sério o bullying e mesmo com palestras sobre o assunto ainda saem rindo e falando pelas costas dos palestrantes achando que o cara está “viajando na maionese".   Dificilmente a vítima recebe apenas um tipo de maus-tratos; normalmente, os comportamentos desrespeitosos dos bullies costumam vir em "bando" conforme fala Ana Beatriz. Essa versatilidade de atitudes maldosas contribui não somente para a exclusão social da vítima, como também para muitos casos de evasão escolar e citando um caso muito recente e que chocou o Brasil: o assassinato de crianças de uma escola em Realengo, Rio de Janeiro, por uma pessoa que dizem as reportagens sofreu bullying na época em que também era um estudante e que infelizmente não conseguiu expor o que acontecia com ele e muito menos solução para seu sofrimento e se tornou um monstro que acabou com a vida de crianças inocentes e a esperança de vários pais que jamais verão seus filhos crescerem.

Há variadas formas de bullying, como veremos a seguir:
Verbal - insultar; ofender; xingar; fazer gozações; colocar apelidos pejorativos; fazer piadas ofensivas; zoar
Físico e Material - bater; chutar; espancar; empurrar; ferir; beliscar; roubar, furtar ou destruir pertences da vítima; atirar objetos contra as vítimas
Psicológico e moral - irritar; humilhar e ridicularizar; excluir; isolar; ignorar, desprezar ou fazer pouco caso; discriminar; aterrorizar e ameaçar; chantagear e intimidar; tiranizar; dominar; perseguir; difamar; passar bilhetes e desenhos entre os colegas de caráter ofensivo; fazer intrigas; fofocas ou mexericos (mais comum entre as meninas) mas, também acontece com meninos
Sexual - abusar; violentar; assediar; insinuar

            Este problema nada mais é que um transtorno de caráter e o alvo mais comum de quem comete o bullying geralmente é:

1.      Pessoas tímidas;

2.      Pessoas sem envolvimento social;

3.      Pessoas de grupos diferentes;

4.      Pessoas que não se submetem facilmente.

           

Infelizmente, mesmo havendo vários trabalhos sendo feitos para o combate do bullying, sempre haverá alguém com intenção de magoar o colega e irá procurar um defeito qualquer que seja para fazer brincadeiras maldosas. Acredito que deveria haver maior união entre escola e principalmente pais, pois na maioria das vezes os pais não sabem nada sobre o que seu filho faz na escola e por serem tão ocupados ou até mesmo ausentes da vida escolar de seu filho acham que tudo está ocorrendo de forma natural e quando são chamados a comparecer à escola, ficam desnorteados e até não acreditam que seu filho possua tal comportamento colocando a culpa na escola ou na própria vítima do bullying.